CAMPO BOM

Coluna Política – Campo Bom

Por José B. Pinheiro

Audiência quente – No sentido literal

A tão aguardada audiência pública da Corsan na Câmara de Campo Bom reuniu uma multidão, a ponto de faltar cadeiras e sobrar gente em pé. O problema é que, além da lotação, o público enfrentou um calor sufocante: o sistema de ar-condicionado estava inoperante. O encontro que deveria ser marcado pelo debate e pela transparência acabou também sendo lembrado pelo desconforto, levantando questionamentos sobre a estrutura oferecida para receber a comunidade em discussões de tamanha relevância.

 

Reforço no Esporte e Lazer

O deputado estadual Sérgio Peres (Republicanos) confirmou a destinação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 300 mil para Campo Bom. O recurso atende às articulações dos vereadores Marasca e Jair Wingert (Republicanos) e será aplicado em áreas de Esporte e Lazer do município. Um reforço que chega em boa hora e que, além do investimento, mostra sintonia entre representantes locais e estaduais.

 

Agora é com Feltes

Após ter seu projeto que proíbe a nomeação de condenados da Lei da Maria da Penha e de Feminicídio como CCs rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça, a suplente de vereadora Enajara Cardoso (PL) fez diferente. Ao invés de apresentar o projeto, ela apresentou um requerimento solicitando que a Prefeitura estude a viabilidade de aprovar, por meio de decreto ou novo projeto de lei, a medida. O requerimento foi aprovado por unanimidade e, agora, fica a cargo do prefeito Giovani Feltes (MDB) decidir, embora ele também possa simplesmente não fazer nada, já que uma solicitação aprovada não é obrigatoriedade. Mesmo assim, tanto Enajara quanto vereadores(as) jogaram a bola para ele.

 

Mas olha que estranho

Na sessão desta semana, foi votado outro projeto da suplente de vereadora Enajara, bem semelhante ao citado acima. Porém, esse proíbe a nomeação de CC, bem como a contratação por pessoa física ou jurídica, no âmbito da Administração Pública do Município, de pessoas condenadas por crime de maus-tratos contra animais. Mais uma ótima iniciativa. O que chama a atenção é que esse projeto foi aprovado, embora com apenas 6 votos, mas foi. Enquanto isso, o que proibia agressores de mulheres foi rejeitado até mesmo na CCJ.

 

Explicou

Citada na coluna da semana passada por não assumir a titularidade na ausência do titular Celsinho Rodrigues (REP), que se licenciou para fazer uma cirurgia, Cleusa Nascimento (REP) disse que não teve como assumir porque se tratava de um período muito curto, e por trabalhar, ela não teria como se ausentar por conta desses poucos dias para mostrar serviço no Legislativo. Porém, reforçou que a vontade é, sim, assumir por mais tempo quando for possível.

 

Dizem que demora

Embora seu primeiro pedido de licença tenha sido curto, o vereador Celsinho fez uma cirurgia de quadril e, de acordo com fontes, não deve voltar tão rápido para o Legislativo. Na sessão da semana passada não estava, nesta também não. Quem está ocupando a suplência é o 4º reserva, o Branco da Auto Peças.

 

O colega foi até dar banho

Inclusive, o vereador Paulo Silveira (MDB) foi visitar Celsinho no hospital, e a brincadeira interna na Câmara é que Paulinho foi dar banho no colega. Brincadeiras à parte, é bom lembrar que um é da base do governo, e outro da ferrenha oposição, mas a amizade segue, principalmente nos momentos difíceis. Aliás, desejamos melhoras ao nobre vereador na recuperação.

 

Resposta necessária

Diante das afirmações publicadas por “um jornal local”, julgamos importante esclarecer alguns pontos. O debate democrático exige respeito, mas também pede que fatos sejam colocados em perspectiva, para que não se criem versões que não condizem com a realidade. Não existe apenas uma voz em Campo Bom, nem um único veículo com legitimidade para informar. Ao contrário, a pluralidade é o que fortalece a imprensa e dá credibilidade ao jornalismo. Nesse sentido, destacamos três observações fundamentais:

 

1 – Pensar além da aldeia

Respeitamos todos os veículos, mas é preciso lembrar que o jornal citado não é o único de Campo Bom. Limitar-se a ser apenas “local” pode até soar como orgulho, mas, na prática, é pensar pequeno. Comunicação precisa ir além da aldeia, expandir fronteiras e buscar novas audiências. Não ter essa capacidade, mesmo com apoio do Executivo e alto faturamento, é optar por permanecer restrito ao próprio quintal.

 

2 – CNPJ e trajetória sólida

O jornal ao qual pertencemos possui CNPJ em Campo Bom desde 2009, sempre cumprindo suas obrigações fiscais e contribuindo com o município. Não somos os únicos, e ainda existe outro jornal da cidade pelo qual temos respeito e consideração. Portanto, dizer-se “o único” não passa de retórica: acreditar ser não transforma em realidade. Da mesma forma que se autoproclamar o melhor não significa, de fato, sê-lo.

 

3 –Transparência seletiva

O colunista citado fez questão de ressaltar que possui nome, sobrenome e endereço fixo. Pois bem, CPF e endereço também não faltam a este profissional. A diferença é que aqui não transformamos a vida pessoal em palco; o foco sempre foi e continuará sendo nos fatos verídicos e em notícias verdadeiras, que interessam ao leitor. Talvez, ao invés de se preocupar tanto com a nossa coluna, o referido jornalista devesse cuidar mais da sua própria privacidade — já que não são poucas as pessoas que o viam passeando pelo Parcão no calar da noite.

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