NOVO HAMBURGO
Capacitação em esporotricose para profissionais da saúde de Novo Hamburgo começa nesta quarta-feira

Formação tem objetivo de trabalhar a prevenção e evitar proliferação da doença
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) dará início nesta quarta-feira (23/04) a uma capacitação para profissionais de saúde sobre a esporotricose. O objetivo é que agentes comunitários, de endemias, enfermeiros, médicos e demais profissionais da área recebam o maior volume de informações para identificar casos da doença.
A esporotricose é causada por fungos do gênero Sporothrix, que vivem no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição. É uma micose que causa por feridas na pele e pode infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos. Nos gatos, as feridas ocorrem principalmente na região do focinho, patas e cauda.
“Este é um momento importante, focado na prevenção de uma doença que vem se espalhando por toda a região. Para que possamos agir, o primeiro passo é identificar os casos”, comenta a titular da SMS, Betina Espindula.
A formação da SMS será dividida em dois momentos. O primeiro amanhã (23), com atividades na Casa das Artes, das 13 às 17 horas, e o segundo encontro no dia 7 de maio, das 13 às 17 horas, no Auditório do 10º andar do Centro Administrativo Leopoldo Petry.
O público vai conferir os seguintes assuntos: cenário epidemiológico, fluxos e notificação, com a médica veterinária Lisa Ávila; orientação à população e identificação de animais doentes, com médica veterinária Julyana Simões; e manejo de animais errantes, de animais domiciliados e gatil, com a médica veterinária e diretoria do Bem-estar animal, Márcia Da Cás. Além disso, a infectologista Nayla Azanki Hatem falará sobre reconhecimento de lesões, manejo medicamentoso e orientações gerais.
Saiba mais
Normalmente, as pessoas pegam o fungo que causa a esporotricose após algum pequeno acidente, como uma pancada ou esbarrão, onde a pele entra em contato com algum meio contaminado pelo fungo, como tábuas úmidas de madeira, por exemplo.
Outra forma de contágio são arranhões e mordidas de animais que já tenham a doença ou o contato de pele diretamente com as lesões de bichos contaminados.
No entanto, isso não significa que os animais doentes não devam ser tratados. A melhor solução para evitar que a doença se espalhe é cuidar dos animais doentes. O ideal é que o gato não saia de casa, evitando, assim, que contraia esta ou outras doenças. Até agora, Novo Hamburgo teve um caso de esporotricose suspeito em humano notificado. Já em animais, foram quatro casos suspeitos notificados em 2025.
