Connect with us

CULTURA

Casa Schmitt-Presser comemora 40 anos como patrimônio histórico e artístico nacional

O tombamento do imóvel de Hamburgo Velho foi aprovado por unanimidade pelo Iphan em 1985

O ano de 2025 é de comemoração para o Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser. Isso porque o imóvel, construído na primeira metade do século XIX, comemora 40 anos de tombamento como patrimônio histórico e artístico do Brasil. A casa do bairro de Hamburgo Velho é o primeiro prédio construído em técnica enxaimel tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), fato que reconhece a relevância da imigração alemã. Em 2024, recebeu a visita de mais de 16 mil pessoas.

O espaço foi moradia de João Pedro Schmitt, imigrante do Hessen, região da Alemanha, que atuou como importante comerciante da região e considerado um dos fundadores de Novo Hamburgo devido a sua influência e prestígio local e regional.

O imóvel foi construído por volta de 1828, por Luiz Kersting e adquirido, em 1830, por Schmitt, responsável pela transformação do armazém em um importante entreposto comercial da colônia alemã.

O tombamento da Casa Schmitt-Presser foi aprovado por unanimidade em 22 de janeiro de 1985, durante a 113 reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A decisão foi homologada e publicada no Diário Oficial da União, de 3 de setembro de 1985, Seção I, página 12.958.

Vale destacar ainda que em 30 de setembro de 1985, a Casa Schmitt-Presser foi inscrita no Livro do Tombo das Belas Artes e, em 8 de setembro de 1986, também foi inscrita no Livro do Tombo Histórico e no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

Quem liderou o movimento para que a Casa Schmitt-Presser fosse preservada como um patrimônio que guarda parte da história de Novo Hamburgo foi o artista Ernesto Frederico Scheffel, que dá nome à fundação localizada ao lado do museu comunitário. Scheffel ficou preocupado com a situação de abandono e os atos de vandalismo e mobilizou a comunidade para que o imóvel fosse tombado.

O prédio passou por processo de restauração e, em 1992, com ajuda da comunidade hamburguense que doou peças para compor o acervo, foi aberto o Museu Comunitário. Desde então, é um importante espaço cultural, que preserva a história do Município. Inclusive, em 25 de julho, dia em que se comemorou os 201 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães ao Rio Grande do Sul, a casa foi palco do lançamento do livro Blitz, a Fada do Caneco de Porcelana. A obra infantil é de autoria de Simone Saueressig, com ilustrações de Beto Soares, e apoio do secretário municipal de Cultura, Angelo Reinheimer. A publicação conta a história da Casa Schmitt-Presser e do bairro Hamburgo Velho.

Reinheimer destaca que a cidade deve se orgulhar por ter um imóvel com a Casa Schmitt-Presser. “Novo Hamburgo é um caso único. Pois tem um imóvel com quase 200 anos inserido dentro de um centro urbano e ainda com toda a sua área rural preservada”, salienta. Reinheimer ainda chama atenção para a preservação do Parcão, com 54 hectares de área, lote que pertencia a Schmitt.

O secretário também lembra que, em 2025, o tombamento do Centro Histórico de Hamburgo Velho pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) completa dez anos.

O Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser fica na Avenida General Daltro Filho, 929. Lá, o público pode conferir o ambiente que remonta a um armazém da época da colonização alemã, com uma grande variedade de produtos comercializados. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas, e no sábado, das 11 às 17 horas.

Jornal Toda Hora © 2023 - Todos direitos reservados