Connect with us

CAMPO BOM

Operação da Polícia Civil investiga atuação ilegal de servidor público em Campo Bom

A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (20/10) a Operação Reverso, com o objetivo de apurar crimes de corrupção, prevaricação e falsificação de documentos supostamente praticados por um servidor público do município de Campo Bom, no exercício de suas funções. A ação foi coordenada pela Delegacia de Polícia do município, com apoio da Administração Municipal de Campo Bom, Corpo de Bombeiros Militar e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (Crea-RS).

Conforme a Polícia Civil, as investigações indicam que o servidor, agindo de forma isolada, teria criado uma empresa de fachada para prestar serviços técnicos relacionados a planos de prevenção e proteção contra incêndio. Valendo-se do cargo público, ele induzia empresários a realizar pagamentos indevidos, fazendo-os acreditar que tais planos eram obrigatórios e indispensáveis à regularização de seus estabelecimentos.

O início da apuração dos fatos aconteceu em 2024, a partir da averiguação preliminar conduzida pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM), que identificou indícios de irregularidades e comunicou os fatos à Polícia Civil, o que motivou a abertura do inquérito policial.

Até o momento, foi apurado que mais de 30 empresas foram prejudicadas nos municípios de Campo Bom, Novo Hamburgo e Dois Irmãos, em razão das práticas fraudulentas.

Segundo o Delegado Rodrigo Camara, que responde pela DP de Campo Bom, a participação da Agência de Inteligência do CBM foi fundamental para desvelar o esquema. “Importante, também, a colaboração da Administração Municipal, que atuou desde o início da investigação e, tão logo a Polícia Civil informou que o afastamento do servidor não mais comprometeria as apurações, determinou o imediato afastamento do funcionário público”, cita o Delegado.

Durante a operação nesta segunda-feira, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário, sendo apreendidos telefones celulares, computadores e diversos documentos de interesse da investigação.

Em nota divulgada nas redes sociais, a Prefeitura de Campo Bom confirmou o afastamento preventivo do servidor por 90 dias, destacando que, conforme as informações disponíveis até o momento, trata-se de um caso isolado, sem qualquer indício de prejuízo aos cofres públicos ou envolvimento de outros servidores.

Jornal Toda Hora © 2023 - Todos direitos reservados