Sindicato dos Sapateiros e Sindicato das Indústrias iniciam negociações do dissídio 2025-2026 em Campo Bom

Nesta terça-feira (15/07), teve início a primeira rodada de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (Dissídio) 2025-2026 entre o Sindicato dos Sapateiros e o Sindicato das Indústrias de Calçado de Campo Bom.

O encontro foi realizado, pela primeira vez na história, na sede do Sindicato dos Trabalhadores, e marcou também outro momento histórico: a primeira reunião conduzida por duas Presidentas mulheres à frente dos Sindicatos. Regina Knevitz e Cristiane Dick são as primeiras mulheres a ocuparem a presidência dos seus respectivos Sindicatos, fato simbólico, renovador e representativo para a categoria, que conta com 70% de mulheres sapateiras.

Em caráter de reunião inaugural, foi discutido a necessidade de maior estudo e possível criação, ampliação, melhoria ou ajustes das seguintes cláusulas: pisos salariais e criação de novos pisos, como o profissional; adicionais; dispensas sociais; ampliação dos auxílios creche e estudante; bem como projetos para capacitação profissional e a projeção do setor calçadista.

Participaram pela comissão dos trabalhadores Regina Knevitz (Presidenta), Vicente Selistre (Vice-Presidente), Tiago Souza (Secretário-Geral), Juarez Flor (Fiscalização) e Natana Selistre (Advogada). Já pela comissão patronal estiveram presentes Cristiane Dick (Presidenta), Nara Less (Tesoureira) e os representantes do Conselho Fiscal Janaina de Mello, João Menezes e Siana Petry.

As negociações seguem entre os Sindicatos, com diálogo constante e atenção à inflação medida pelo INPC, que acumula 4,91% até o momento, aguardando ainda o índice de julho, que será divulgado pelo IBGE em 12 de agosto.

“As negociações de Dissídio Coletivo também são momentos de projetar o futuro dos sapateiros e do sapato, um setor produtivo muito importante para a nossa cidade, nossa região e para o nosso país”, afirma Regina.

“É hora de falar também sobre a formação profissional e a atração dos nossos jovens para oportunidades nas fábricas de calçados”, complementa Cristiane.

Os Sindicatos seguirão ao longo dos meses de julho e agosto nas tratativas, com o objetivo de firmar uma Convenção Coletiva que atenda aos interesses dos trabalhadores e contribua para o fortalecimento do setor calçadista campo-bonense.