NOVO HAMBURGO
Tendências de mercado para 2026 apontam para tecnologia, sustentabilidade e novas formas de consumo
O mercado de trabalho segue em constante transformação, impulsionado pelo avanço tecnológico, pela busca por sustentabilidade e pela valorização de relações mais humanas nas organizações. Para Lionadia Guedes da Silva, docente da Aprendizagem Profissional e supervisora das Práticas Profissionais da Aprendizagem do Senac Novo Hamburgo, essas serão algumas das principais direções que devem guiar as tendências de 2026.
Entre as principais tendências, a especialista destaca: “Inteligência Artificial e automação inteligente — IA generativa, assistentes virtuais e automação de processos; sustentabilidade e economia verde, com foco em energia renovável, gestão de resíduos e negócios com propósito; consumo consciente e personalização em massa, com consumidores que exigem produtos alinhados a seus valores e experiências únicas; humanização das relações de trabalho, baseada em transparência, diversidade, bem-estar e liderança empática; tecnologias imersivas, como realidade aumentada, metaverso e experiências interativas; e cibersegurança e confiança digital, voltadas à proteção de dados e à ética na tecnologia”, enumera.
Essas mudanças, segundo a docente, trarão transformações significativas nos modelos de negócio e na forma como as empresas se relacionam com o público. “As tendências proporcionarão redefinição de modelos de negócios: empresas precisarão ser mais ágeis, éticas e centradas no cliente; transformação da cultura organizacional, com foco em colaboração, flexibilidade e propósito; novas formas de consumo e comunicação, marcas terão que se conectar emocionalmente com o público; e maior valorização da sustentabilidade, tanto como diferencial competitivo quanto como exigência regulatória”, cita.
Para acompanhar esse cenário, os profissionais precisarão desenvolver novas competências e habilidades: “Serão exigidas alfabetização digital e fluência em IA; pensamento crítico e resolução de problemas complexos; criatividade e capacidade de inovação; comunicação empática e colaboração; adaptabilidade e aprendizagem contínua; conhecimentos em ESG (ambiental, social e governança); e falar mais um idioma será cada vez mais exigido”.
De acordo com Lionadia, a preparação para essas transformações começa com o investimento contínuo em qualificação. “Os profissionais devem investir em educação continuada — cursos técnicos, livres e de atualização; desenvolver soft skills, como inteligência emocional, liderança e empatia; buscar experiências multidisciplinares, integrando áreas como tecnologia, negócios e sustentabilidade; e acompanhar tendências e participar de comunidades profissionais”, recomenda.
As instituições de ensino, por sua vez, também precisam adaptar seus métodos e currículos para formar profissionais prontos para o futuro: “É necessário oferecer currículos flexíveis e atualizados com foco em competências do futuro; projetos integradores e metodologias ativas, como PBL e design thinking; parcerias com empresas e ecossistemas de inovação; e formação humana e ética, além da técnica”, aponta.
No Senac Novo Hamburgo, essas práticas já fazem parte da rotina pedagógica: “O Senac NH atua com cursos alinhados às demandas do mercado, como tecnologia, moda, saúde e gestão, dentre outros; laboratórios modernos, plataformas digitais e experiências práticas que simulam o ambiente profissional; projetos de extensão e empreendedorismo que incentivam inovação e protagonismo; e formação integral, com foco em competências técnicas, socioemocionais e cidadania”, conclui a docente.